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O que eu perco quando me afasto da Natureza?

O que eu perco quando me afasto da Natureza?

Somos feitos da mesma matéria que todos os seres vivos ao nosso redor. E, mais, somos habitados pela mesma essência que anima toda a Natureza.

Então, por mais que teimamos em nos afastar disso por meio do intelecto, da racionalização excessiva, da disputa por poder e subjugação de outras espécies ou do cotidiano em um ambiente extremamente artificial, esse afastamento causa dor.

É a dor de um vazio que fica, da falta de nutrição da nossa mãe primordial, a Mãe-Terra.

É o sofrimento de se sentir não pertencente à teia da vida, ao solo, ao ar, à água, ao todo…

É a sensação de ausência de laços que nos acolham, afaguem e sustentem onde quer que estejamos, por termos a consciência de sermos muito mais do que nosso corpo ou o papel social que ocupamos.

Por não percebermos que o eu/ego é uma ilusão criada pela mente para nos tornarmos mais funcionais, perdemos toda essa contribuição disponível e deixamos de ser a contribuição que somos em potencial.

Aos poucos, vamos nos tornando tão cinzas quanto a paisagem urbana habitada. Nosso ar vai ficando pesado, as águas poluídas por dejetos de nossos hábitos e mágoas, a estrutura conturbada e frágil, a multiplicação celular caótica, cancerígena…

Além disso, somos acompanhados pelo sentimento dilacerante da solidão, apesar de cercados por outros humanos, que tão apressados e atarefados quanto nós, não tem mais disposição para o vínculo profundo ou para a troca desinteressada…

Por isso, o caminho de cura é o caminho de retorno ao lar. Por isso, o futuro é ancestral, como nos lembra o livro do escritor indígena Ailton Krenak

Ou não haverá futuro.

Enquanto não nos dermos conta de que o estrago que fazemos com nossas escolhas, sobretudo de consumo, não é apenas externo e que o todo prejudicado nos inclui intensamente, continuaremos nos machucando, sacrificados no altar do sistema neoliberal.

Até quando?

Que um vislumbre de consciência nos ajude neste retorno enquanto ainda é possível.

Permita-se experimentar o bem-estar disponível em um dia em meio ao natural. Que você permaneça tempo o bastante para perceber que faz parte dele, que o afeta e é igualmente afetado. Que você se nutra o suficiente para transbordar em amor e em mudança comportamental através de hábitos mais positivos a longo prazo, além da satisfação individual instantânea.

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